Aqui estão os principais aprendizados e key takeaways do episódio “Como a Noh encontrou Product-Market Fit e cresceu 18x — Ana Zucato, CEO da Noh”:
- Product-Market Fit não é uma sensação mágica: O verdadeiro PMF aparece em indicadores financeiros, especialmente na DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício), e não é algo que “se sente”. O PMF é quando sua empresa “para de pé”: tem margem positiva, clientes que realmente usam, e uma estrutura financeira sustentável.
- 88% dos clientes fariam falta: Seguindo o teste de Sean Ellis, a Noh atingiu 88% dos clientes respondendo que ficariam “desapontados ou muito desapontados” se o produto deixasse de existir, mais que o dobro do benchmark de mercado (40%). Isso validou fortemente o encaixe produto-mercado do novo direcionamento da empresa.
- Reposicionamento radical: A Noh nasceu como um app genérico de divisão de despesas, mas percebeu que esse modelo não era sustentável financeiramente após alterações regulatórias. Fecharam o app por 3 meses, conversaram com usuários e identificaram que casais com vida financeira conjunta eram o verdadeiro nicho. O reposicionamento como “conta digital para casais” levou a um crescimento 18x em 10 meses, quase totalmente orgânico e por indicação.
- Erro de tentar atender todo mundo: O grande erro inicial foi querer servir todos os perfis possíveis. O sucesso veio com foco: público bem nichado (casais, dupla renda, pais de pet, faixa de 25–45 anos, grandes centros urbanos).
- Crescimento com produto certo e boca a boca: O crescimento explosivo veio não por grandes campanhas, mas pelo boca a boca e solução de dores reais de um grupo específico.
- Métrica mais importante: Para PMF, o método Sean Ellis (“quanto sentiria falta se o produto deixasse de existir?”) é mais relevante do que NPS, que a Ana considera uma métrica superestimada e muitas vezes enviesada culturalmente.
- Outras métricas de negócio cruciais: Receita por cliente, margem por cliente, retenção real (não apenas o nome), receita por funcionário, custos de ativação, CAC, entre outras, são as métricas que Ana considera vitais após alcançar o PMF.
- NPS como métrica de vaidade: Críticas duras ao NPS, visto como facilmente inflado no Brasil, enviesado por aspectos culturais e não traduzindo real saúde do produto/empresa.
- Produtos que param de pé: O pilar para crescer e sustentar novas iniciativas é olhar os economics unitários desde o início, analisando receita e custos no nível mais granular possível.
- Coragem para mudar: Documenta o desafio emocional de abandonar uma solução que a equipe amava, mas não era sustentável, para apostar no que realmente gerava valor para um público restrito.
Em resumo: foco em nicho, brutalidade analítica dos números da empresa, ouvir profundamente a dor do cliente certo e ignorar “métricas da moda” são os segredos que fizeram a Noh crescer 18x após o reposicionamento.
Aqui estão os principais aprendizados do episódio “Product Manager é mesmo necessário?” com Ana Zucato, fundadora e CEO da Noh:
- PM não é essencial em todas as empresas: A necessidade de Product Managers depende da cultura e do nível de autonomia/senioridade do time. Startups pequenas podem funcionar muito bem sem PMs, desde que haja transparência total e pessoas experientes, puxando responsabilidades de produto coletivamente.
- Transparência e autonomia são os pilares: Times que compartilham informações e dados abertamente conseguem tomar melhores decisões sem depender de cargos específicos. Todo mundo entende como impacta o negócio.
“Empowered, not Autonomous”


Strategy into Action: Organising Teams to Execute at Pace
Is your strategy solid but execution slow? Learn how to organise teams to minimise dependencies and execute your strategy at pace with real examples.
"I don't use the word autonomy in public anymore," Nilan explained at Mind the Product London in 2023. "
Instead, Wise talks about empowered teams. The distinction matters. Autonomy suggests independence without boundaries, teams doing whatever they think best. Empowerment means something different: teams have everything they need to deliver on their mission - the capabilities, the decision rights, the resources - but within a clear strategic context.
- Cultura de produto ≠ cargo de PM: Ter uma cultura de produto é sobre resolver dores reais de clientes, usando colaboração, iteração e priorização baseada em impacto – e não sobre ter alguém especificamente chamado de Product Manager.
- PMs podem criar burocracia: Em times pequenos, a figura do PM pode virar só um intermediador, gerando triangulação desnecessária.
- O papel do PM evolui com o crescimento: Quando a empresa cresce, há sinais de que a especialização é útil, especialmente ao lançar novos produtos ou aumentar muito a equipe técnica. Aí, um PM empreendedor, próximo ao fundador, faz diferença.
- Modelo de decisões distribuído via templates: Nas equipes da Noh, qualquer pessoa pode propor iniciativas usando um template (‘proposal’), explicitando problema, hipótese, impacto e solução. A priorização é transparente e critérios são claros.
- A cultura deve vir da liderança: Para escalar processos descentralizados de produto, é fundamental ter repositórios abertos de propostas, critérios claros e envolvimento real das pessoas em decisões.
- O futuro do PM demanda visão de negócio: PMs precisam olhar além de frameworks e metodologias, compreendendo profundamente o modelo de negócio e buscando impacto efetivo – não só delivery. O destino do bom PM pode ser virar founder.
- Lições do mercado: Empresas como Stripe e outras cresceram sem PMs no início, priorizando engenharia e contexto de negócio.
- PMs generalistas podem ser substituídos por IA ou times autônomos: O papel operacional tende a ser automatizado ou absorvido pelo próprio time; o diferencial será combinar visão de negócio, execução e contexto geral da empresa.youtube
Esses pontos resumem os principais argumentos e conselhos do episódio para quem está avaliando a real necessidade de Product Managers, como estruturar times e para onde a área de produto caminha.