Principais aprendizados do artigo "Why Your OKRs Are Broken":
- A maioria das empresas falha na implementação dos OKRs: 60% das organizações não conseguem resultados transformadores com OKRs, em parte por tentarem copiar modelos como o do Google sem adaptar à sua realidade.
- OKRs não são um modelo rígido, mas sim uma filosofia adaptável: O sucesso vem de compreender os princípios do framework e ajustá-los às necessidades e cultura da organização.
O que faz os OKRs falharem
- Falta de clareza em visão e estratégia: Sem escolhas estratégicas reais, os OKRs se tornam listas de tarefas desconectadas de prioridades reais.
- O erro da cascata: OKRs não devem "cascatear" em múltiplos níveis; todos devem estar, no máximo, a um grau dos objetivos estratégicos corporativos.
- Excesso de OKRs: Poucos objetivos (2-3) e poucos resultados chave (3-5 por objetivo) são o ideal — quantidade excessiva indica falta de foco estratégico.
- Objetivos confortáveis, não impactantes: Empresas tendem a escolher metas fáceis ao invés das que realmente movem a agulha.
- Falta de ownership: OKRs esquecidos porque ninguém se responsabiliza pelo processo e entrega.
- Horizonte temporal inapropriado: O ciclo mais comum é trimestral, mas pode variar; o importante é o ciclo ser adequado ao contexto e favorecer aprendizado.
- Maturidade de dados insuficiente: Sem infraestrutura de métricas e dados confiáveis, OKRs se tornam tarefas e não resultado.
- Confusão entre Objetivos e Resultados Chave: Objetivos devem ser qualitativos e inspiradores; Resultados Chave, quantitativos e mensuráveis.
Problemas culturais e estruturais
- Ortodoxia do resultado: Nem sempre resultados (outcomes) são melhores que entregáveis (outputs), principalmente em fases iniciais ou de construção fundamental.
- Incentivos desalinhados: OKRs não devem ser atrelados a bônus, mas os incentivos organizacionais precisam estar minimamente alinhados à estratégia.
- Falta de métricas de controle (“check metrics”): Crescimento deve ser acompanhado de métricas que garantam qualidade e sustentabilidade, evitando efeitos colaterais negativos.
Quando NÃO usar OKRs
- Ambientes de descoberta, falta de dados, cultura de comando e controle ou mudanças constantes tornam o uso de OKRs prejudicial — outras ferramentas podem ser melhores nestes casos.
Mensagem Final
O foco deve ser em adaptar o conceito de OKRs à realidade da empresa, conectando estratégia à execução, criando alinhamento genuíno e priorizando o que realmente importa para o negócio, sem copiar modelos externos de forma cega.