The Design of Everyday Things

Resumo de The Design of Everyday Things (Donald Norman, 1988)

Ideia central

O livro mostra como o design influencia diretamente a usabilidade dos objetos do dia a dia. Norman argumenta que muitos erros que culpamos nos usuários são, na verdade, falhas de design. O objetivo do bom design é tornar a interação clara, intuitiva e satisfatória.

Princípios de design

  1. Visibilidade: o usuário deve perceber facilmente as ações possíveis.
  1. Mapeamento natural: controles devem corresponder de forma lógica às ações (ex.: volante gira rodas).
  1. Feedback: toda ação precisa gerar resposta clara do sistema.
  1. Affordances: propriedades que sugerem como um objeto deve ser usado (ex.: maçaneta que “pede” para puxar).
  1. Restrições: limitar possibilidades ajuda a evitar erros.
  1. Modelo conceitual: usuários criam modelos mentais de como algo funciona. O design deve apoiar modelos corretos.

Psicologia dos erros

  • Erros não são falhas humanas inevitáveis, mas sintomas de design ruim.
  • Existem slips (falhas de execução, como apertar o botão errado) e mistakes (falhas de entendimento).
  • O design deve reduzir ambos com feedback claro, prevenção e tolerância a erros.

Ciclo de ação do usuário

Norman descreve o “gulf of execution” (dificuldade em entender como agir) e o “gulf of evaluation” (dificuldade em entender o resultado). O bom design reduz esses “abismos” com visibilidade, feedback e consistência.

Exemplos

  • Portas confusas que não indicam se devem ser empurradas ou puxadas.
  • Fogões com controles desalinhados que confundem qual boca será ligada.
  • Objetos simples, mas bem projetados, que parecem “explicar a si mesmos”.

Contribuição

  • O livro fundou conceitos básicos de Design Centrado no Usuário (UCD).
  • Mostra que tecnologia só gera valor quando é compreensível e utilizável.
  • Influenciou áreas como UX, HCI e Product Design.

Essência

Norman ensina que design deve partir da empatia com o usuário. O desafio não é só criar algo funcional, mas algo que as pessoas consigam usar sem frustração, entendendo intuitivamente como interagir.