Martin Eriksson: Most PMs Aren't Good At Strategy - Enter The Decision Stack!

Martin Eriksson: Most PMs Aren't Good At Strategy - Enter The Decision Stack!

Tags
Produto
Estratégia
Cover
maxresdefault.jpg
Must-see
Date
Feb 2, 2025
Sort
Martin Eriksson: Most PMs Aren't Good At Strategy - Enter The Decision Stack!
Martin Eriksson is the co-founder of Mind the Product, and co-author of the "Product Leadership" book. Martin has worked with a multitude of companies and has been heavily involved in the VC side of product management. These days, he's advising and coaching companies as well as trying to help us all make good decisions by writing a new book, "The Decision Stack", alongside its supporting website. Episode highlights: 1. The vast majority of company employees don't know what their company strategy is... It's important for everyone in the company to be aligned on what's important, where the company's going and how they're going to get there. It's crucial for product and business leaders to do the work; both to create a vision and strategy and to share it with everyone who is needed to execute it. 2. ... but, worse still, the vast majority of companies don't even have a strategy to speak of Strategy is about making a coherent set of choices about how we're going to achieve our goals or make our company vision real. But, too many companies have fluffy, vague vision statements that could mean anything, and leaders who want to do everything all at once and don't want to make choices. This limits their ability to actually achieve anything. 3. It's hard to create a product strategy if you don't have a company strategy, but you should do it anyway A product strategy should support the company strategy and vision but, if there's no company strategy or vision, it's hard to create or defend such a strategy. On the other hand, you should still do the work to create one; either you'll get to go and execute the strategy or you'll have a straw man proposal to provoke further discussion around what the strategy should be. 4. A lot of product people are pretty bad at strategy, and we need to get better Back in the day, a lot of product managers were expected to write specifications and get stuff done. They weren't even expected to be strategic, and many still aren't to this day. These skills are learnable; product people need to do their best to up their game, and company leaders need to get more comfortable both delegating responsibility and coaching their employees to have these skills. 5. The answer is not "Founder mode" "Founder mode" can be used to justify just about any behaviour, invites "hero syndrome" and can lead to micromanagement and single points of failure. Good leaders absolutely need to be deeply involved in their business, but this should not be at the expense of creating strong, aligned teams that can take many day-to-day decisions without them. Contact Martin: You can catch up with Martin on LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/martineriksson You can also check his website: https://martineriksson.com Keep up-to-date with The Decision Stack: https://www.thedecisionstack.com/
Martin Eriksson: Most PMs Aren't Good At Strategy - Enter The Decision Stack!
Video preview

Tese central

A maioria dos PMs não é boa em estratégia. Para resolver isso, Martin propõe o uso do Decision Stack como ferramenta prática para tomar decisões estratégicas claras e alinhadas em produto.

A falta de pensamento estratégico em produto

Muitos PMs focam apenas em execução, priorização e roadmap, sem clareza estratégica ou alinhamento com o restante da organização. Isso isola o time de produto e leva à fragmentação de esforços.
Eriksson argumenta que é papel do time de produto construir uma visão e uma estratégia iniciais, mesmo que sejam rascunhos (strawman), para iniciar conversas com liderança e outras áreas.

O que é o Decision Stack

What is the Decision Stack?
A mental model for strategic alignment.
O Decision Stack é um framework proposto por Eriksson com cinco camadas que ajudam a estruturar o pensamento estratégico de forma clara e compartilhável:
  1. Purpose – Por que existimos?
  1. Vision – Onde queremos chegar?
  1. Strategy – Como vamos chegar lá?
  1. Goals – O que queremos alcançar no curto/médio prazo?
  1. Principles – Como tomamos decisões no dia a dia?

Cinco perguntas para preencher o Stack

Eriksson propõe usar essas perguntas como guia para montar o Decision Stack:
  1. Where are we going?
    1. → Qual é a direção? Qual o destino final? (Visão)
  1. How are we going to get there?
    1. → Qual o caminho? Quais escolhas estratégicas vão nos levar até lá? (Estratégia)
  1. What matters right now on that journey?
    1. → O que é prioridade agora? (Objetivos)
  1. What actions are we going to take to move forward?
    1. → Que ações ou iniciativas vamos executar? (Oportunidades ou apostas estratégicas)
  1. How do we want to do that work?
    1. → Quais são os princípios, valores ou formas de operar que guiarão o trabalho? (Princípios)

O que é estratégia

"Strategy is making choices." (definição do Michael Porter)
Estratégia é fazer escolhas — ou seja, decidir o que fazer e, principalmente, o que não fazer.
"Strategy is a coherent set of choices about what we're going to do to achieve our vision." (Essa tá mais pro Roger Martin)
Estratégia é um conjunto coerente de escolhas sobre o que vamos fazer para alcançar nossa visão.
Eriksson destaca duas definições que considera fundamentais:
  • "Strategy is making choices." (Michael Porter)
  • "Strategy is a coherent set of choices about what we're going to do to achieve our vision."
Ele destaca três pontos críticos nessa definição:
  • Fazer escolhas reais (em vez de querer fazer tudo para todos).
  • Coerência entre as escolhas (mercado, produto, go-to-market, suporte etc. devem se reforçar).
  • Conexão com a visão (a estratégia é o caminho escolhido para realizar a visão da empresa).

Estratégia de produto e estratégia de negócio

Product strategy é a interpretação da business strategy sob a ótica do produto.
  1. Product strategy não existe isolada
    1. Ela depende das decisões feitas no nível de negócio: mercado-alvo, vantagem competitiva, posicionamento etc.
  1. Se o produto é o negócio (ex: SaaS, fintech):
      • Estratégia de produto e estratégia de negócio quase se sobrepõem.
      • O produto é o canal, a entrega e a monetização.
  1. Se o produto suporta o negócio (ex: e-commerce, serviços):
      • A estratégia de produto está subordinada à estratégia comercial, operacional ou de canais.
      • O foco está em eficiência, escala, suporte à operação principal.

Quando o Decision Stack falha

Conflitos, desalinhamentos entre áreas e dificuldades de priorização geralmente apontam para problemas em uma ou mais camadas do stack — especialmente estratégia ou objetivos.
Produto deve liderar a articulação dessas camadas, mas o processo precisa ser colaborativo com liderança, marketing, vendas e outras áreas.

Roadmaps não são estratégia

Eriksson afirma que gostaria que roadmaps morressem, ou ao menos fossem profundamente repensados, por três razões:
  1. Roadmaps puxam para discussões táticas (features), e não estratégicas.
      • PMs acabam obcecados por listas de funcionalidades.
      • Isso desvia o foco de objetivos, hipóteses e problemas reais dos usuários.
  1. Roadmaps encurtam o pensamento, substituindo apostas por listas de funcionalidades.
      • Em vez de discutir apostas estratégicas ou oportunidades, times caem em decisões do tipo “feature A ou B”.
  1. Roadmaps reforçam o mindset de entrega alimentando a lógica de "feature factory".
      • O time vira executor de backlog em vez de coautor da direção estratégica.
      • Isso alimenta a cultura de “pedido e entrega” (feature factory).
Ele defende que o foco deveria estar em:
  • Objetivos claros
  • Problemas a resolver
  • Hipóteses estratégicas
  • Apostas alinhadas ao Decision Stack
Ele não propõe abolir planejamento, mas substituir o roadmap tradicional por algo que conecte estratégia, aprendizado e impacto.
Não se trata de eliminar o planejamento, mas de recolocar o roadmap como consequência da estratégia, e não como o ponto de partida.

O papel dos princípios

Na base do stack, os princípios orientam como as decisões são tomadas no dia a dia. São úteis para evitar microgestão e manter a autonomia dos times, mesmo com alinhamento estratégico claro.
Eriksson recomenda o uso do modelo even/over statements para formular esses princípios, com exemplos do tipo:
  • Qualidade mesmo que custe velocidadeQuality even over speed
  • Foco no usuário mesmo que reduza eficiência internaUser focus even over internal efficiency
Esse formato força decisões explícitas sobre trade-offs e evita ambiguidade em situações de conflito. Princípios bem definidos ajudam a guiar decisões distribuídas sem comprometer a consistência.
 
If the opposite of your strategy sounds stupid, it’s not a strategy.
Roger Martin

Conclusão

Eriksson insiste que PMs não devem esperar permissão para pensar estrategicamente. Se a liderança não fornece clareza, cabe ao time de produto propor uma visão e uma estratégia. O time deve usar dados, discovery e hipóteses para provocar a conversa e elevar o papel do produto dentro da organização.